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13 de agosto de 2012

Minha vez!

           Como ontem postei o poema dos meus amigos, hoje me veio a coragem de postar um meu. Sempre tive preferência por prosa, porém quando me vem a inspiração não posso recusar.

Nozes

Você tem minhas forças e fraquezas
Você tem meu amor e meu sorriso
Você me tem por bem
Você sempre me tem

Virei o amuleto que nunca larga
Não escorrego por suor, não caio por fraqueza
Grudada em você, já pertenço a você

Não sou mais eu
Virei plural, meu mundo termina em s
Nozes combina com amor
Eu combino com você

Mera ilustração...

12 de agosto de 2012

Os Rocha

        Conhecer a literatura Moderna no Ensino Médio foi muito importante, descobrir que poemas não se resumem a sonetos(regrinhas) foi muito muito importante, ter iniciativa de criá-los é muito muito muito importante. Essa grandeza importantíssima vai a crédito dos Rocha! Fiquei tão(muito) feliz em ter contato com os poemas modernos feitos na aula de literatura que gostaria de expô-los e iniciar o incremento desse tipo textual no blog.
         Os autores são primos, colegas e amigos privilégiados com criatividade e não alienação. Isabel Rocha será a arquiteta que vai revolucionar(para começar) o design urbanístico goiano. Hugo Rocha será aquele que vai fazer a propaganda dos produtos que você irá comprar ou até mesmo a publicidade do evento que sonharemos em ir.
         Aqui está uma amostra grátis da obra em produção " Grandes Poemas Modernos do Século XXI".
         Obs.: Para exemplificar como aulas podem ser inspiradoras este texto de apresentação foi escrito durante uma aula de Metereologia.



A vadia da gravidade que me prende neste mundo
By: Isabel Rocha
A gravidade
me puxa em
uma emblemática
élice, fora de
meu corpo.
Sussurro
Grito
Minha alma
dilaçera entre
minhas entranhas
Todos me olham
Ninguém me vê
E nessa viagem
psicodélica que é a
vida, sigo sem emoção.

Apelo segundo
By: Isabel Rocha
O anjo dos males me jogou
nesse buraco e nem me perguntou o que eu queria
Quero sair desse país, onde não tenho voz,
nem escolhas, a coerção me consome
Que fadiga
Todos riem de mim,
pelos meus sonhos improváveis
Mas tenho força, tenho sonho...
Por mais que tentei me desanimar
seguirei meu destino
Sairei daqui, irei embora
sem olha para trás
O mundo me espera, ele precisa de mim
Não vão me segurar neste fim de terra.
Sou da vida
Sou do mundo
Tenho sonhos
Irei além do último suspiro.

Roda Melancólica
By: Hugo Rocha
Gira a sala
Gira o quarto
Gira o papel
Gira a caneta
Gira Gira
Gira Mundo
Gira a vida
Gira tudo
Giram meus olhos e giram os bustos da vadia a frente!
Gira, Gire!
Gira a vida
Gira tudo
Gira o mundo
Só não gira meu coração...

Roda da Melancolia II: Nudez do mundo
By: Isabel Rocha e Hugo Rocha
Gira o basso
Gira o asco
Que relaxo!
É o léxico enigmático
Mas no fim
Todos se despedem
e eu vejo a raquítica asma pendular!

Modernidade Líquida
By: Hugo Rocha
Amor
Amo
Am
A
A promisquidade

Modernidade Líquida II
By: Isabel Rocha
Amigo
Amig
Ami
Am
A
A traição

10 de julho de 2012

Diário de um jogador


 Sábado, 13 de março de 2010
                JJ,

                Se hoje meu dia foi um fracasso, imagine amanhã, quando a Eugênia chegar da casa da mãe dela (a cascavel ta doente), aí eu to frito, morto e jogada ás traças. Dessa vez fiz a maior burrada de todas. Meu Deus! Como eu sou cabeça dura!
                O Ricardinho me ligou hoje de manhã para irmos ao hipódromo para uma corrida de cavalos; eu não podia deixar de ir, corrida de cavalos é a única lembrança que tenho do meu avô. Ele adorava jogos de aposta, como eu, mas temos uma diferença grande, ele tinha sorte e eu não!
                O viciado aqui foi. Apostamos no cavalo chamado Perdedor, que havia ganhado as últimas corridas. Cavalo com nome estranho não faltava, tinha um que chamava Ganhador e outro Filho da Puta. Lembro-me que meu avô sempre apostava (e ganhava) em um chamado Curinga. É engraçado como certas lembranças de garoto nos marcam.
                 Apostei a grana da entrada do carro que ia comprar; estava sentindo que meu avô estava lá ao meu lado, me dando sorte. Mas tudo não passou de um impulso idiota, com uma justificativa sentimental. O Perdedor perdeu e o Ganhador venceu (ou ganhou). Como não pude perceber o destino, estava nos nomes dos cavalos.
                Já planejei contar para a Eugênia, que emprestei o dinheiro do carro pro Marcão, mas, na verdade, eu que pediria esse dinheiro emprestado para ele. Eu fico mentindo para minha mulher, que estou emprestando dinheiro, mas só estou devendo. Quando é que essa vida canalha vai acabar, hein JJ?
                Comprei você justamente para relembrar minhas perdas e não cometê-las novamente, mas isso não está dando certo.
                Agora vou lá no Bocão, para jogar nosso Poker do sábado, sabe como é, né, tem que esfriar a cabeça.
                                                                                                                              Até breve,

O Maravilhoso Mundo de Adão!

HOMEM-LEGENDA
                                            Lembrando que estamos em ano de eleição!!!


Vendo uma festa da minha janela


                Chego em casa, prometi para mim que hoje dormiria mais cedo, tudo pronto para me deitar antes do jornal acabar. “Agora eu to solteira e ninguém vai me segurar”. Não, funk não. Corro para a minha janela de primeiro andar.
                Lá estava, no salão de festas do prédio, uma festa de adolescentes de 13 anos, com direito a DJ e decoração preta e roxa, adultos só os pais da aniversariante. Coitada de mim, meu soninho só vai vir depois que isso tiver fim.
                Reparo então os convidados, está presente a turma inteira, da mais bonitinha e também precocezinha á mais desajeitada, de meninos há aqueles de óculos que a mãe ainda escolhe a roupa á aquele outro que já faz academia e usa corrente de prata no pescoço. Espinhas também vieram para a festa, escondidas ou não por maquiagem.
                Existe o cantinho dos garotos e das garotas, ninguém ousou ir para a pista ainda, a não ser duas priminhas de cinco, seis anos. No grupo das meninas, vejo todas de saia cintura alta, mostrando pernas virgens e sapato de salto da melissa. Sobre o que elas conversam? Não preciso estar lá para saber, meninos, ora essa.
Uma delas de cabelo liso e cheio não para de levantar o decote, a sua amiga morena já está farta de ficar em cima do salto. Epa, menino se aproximando, e não é dos piores, ele chama a mais bonita para conversar, um segundo depois ela volta, o menino falhou, chamando a única que já tinha namorado.
Vou ao banheiro e quando volto já estão todos na pista ao som de mais funk, pelo visto a mãe da aniversariante reclamou por pagar o Dj e o aluguel das luzes e da fumaça. Reboladas e descidas até o chão, na minha época as coisas eram tão “diretas”? Vejo os garotos se mexendo de um jeito duro e observando-as.
Não sei se gosto de me lembrar muito destas festas, nunca tive muita sorte, a minha roupa nunca foi a mais bonita, os olhares que queria nunca foram para mim. Vejo tudo isso numa menina da festa, queria chegar a ela e aconselhá-la, dizer que se ela ler e estudar muito terá sucesso profissional e poderá comprar o mais bonito e corrigir o mais feio, lugar no qual ainda não cheguei, mas é minha motivação. 

A vez da Aline


5 de julho de 2012

Rato fantasiado de mouse, Mickey Mouse


              Sempre a humanidade, para se caracterizar se compara a animais, surgindo, então, ditos populares, como: “Você é forte como um touro”, ou “É bravo como um leão” e o rato é associado à covardia, solidão e sujeira. Porém os filmes de Walt Disney trazem o rato como um ícone, que é o caso de Mickey (um camundongo corajoso e carismático). Além deste, Timóteo (amigo de Dumbo), e o mais recente Ratatouille, tais exemplos mostram dominação da mente, dos filmes para crianças, atraídas por bichos e sonhos, que tentam consertar a dissimulada máscara. 
Walt Disney, um revolucionário, foi quem criou a Disney, e com isso a fama do ratinho Mickey. E a causa da personagem ser um rato, seria porque ele é judeu, e teve como característica na Segunda Grande Guerra, à assimilação a um rato. Refugiado para a América trouxe consigo suas ideias, criatividade e dinheiro. Contudo era um judeu, e não teria respeito em muitos países da Europa, portanto ele tinha de mudar a imagem dos judeus e também a do rato. 
E ele conseguiu. Hoje muitos jovens e crianças reconhecem os personagens da Disney, do que os próprios elementos de sua cultura. Boitatá, Negrinho do Pastoreio e inúmeros contos de Monteiro Lobato são trocados por novas histórias vindas de fora. Os EUA, principalmente, conseguiram monopolizar a cultura mundial, o que Hitler tentou fazer na Guerra, com o domínio da raça ariana sobre as demais. 
A imagem acima simula um paradoxo, pois o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Os que, inicialmente, criticam a dominação/manipulação, viram um desses.
Você seria contra o predomínio da raça ariana? Se sim, é contra também o monopólio cultural vindo dos EUA. Revoltem-se, nós precisamos de liberdade, não devemos nos prender a produtos de outra nação.

De cara nova, de mesma essência!

          Uma imagem a ser criada nem sempre representa a verdadeira essência. No caso do meu blog, eu realmente sempre procuro mostrar ao máximo quem sou ou quem gostaria de ser. Para desenvolver a nova imagem do Clopistoque, a nova essência do blog, tive a grande ajuda do querido Rafael de Lima, um vestibulando assim como eu, que já desenvolveu grandes técnicas de aperfeiçoamento de design gráfico no famoso, porém raro, aprendizado autodidata.
          O contato do Sr. Paciência de Jó é:
Email: rafiukis_98@hotmail.com Facebook:
http://www.facebook.com/rafaeldelimaadorno

Mudanças:



Imagem de fundo:


          Espero que gostem!

23 de junho de 2012

Depoimento de uma fraca


            Na definição do Dicionário Barbarus, um fraco é aquele indivíduo que não tem força para se levantar e ser alguém, nem força de vontade o bastante para mudar de vez. Uma fraca também é aquela que sente "dor de viado" ao andar mais rápido, planeja várias frases de impacto para quando se abrir, mas de sua boca só sai o inverso do que pensas.
A fraqueza não é um estado definitivo na vida, é preciso ser muito competente para se deixar levar. Hoje sou fraca por que tenho preguiça de fazer café, hoje ser fraca é não fazer nem aquilo que me dá prazer. Até aqueles de vida engolida não são fracos, esses enfrentam o madrugar sem faltar. Sai de mim coisa ruim! Opa! Uma nova definição acabou de sair do forno. Ser fraco é só terminar de ler Best-Sellers.
O fraco vai além do lerdo, o fraco anda devagar com medo de encarar o final da pista. Medo de novamente não ter respostas prontas, medo de investir nas suas idéias já a muito desacreditadas. Por mim faria um guia, dava umas dicas, montava um passo a passo para não ser do jeito descrito. Só que primeiro não tenho tal força, tal vontade de acreditar nos meus conselhos. E segundo, é preciso ser um novo alguém, é preciso uma nova manhã iluminada que ainda não nasceu para mim.

Valores da esperança que já chegou

Aquele que é jovem no início do século XXI ainda não viveu muito, mas o mundo em que nasceu sim. O planeta hoje é cheio de cicatrizes, lembranças e memórias. Está documentado seja em um livro de história, uma pintura renascentista, um papiro egípcio ou mesmo na “Wikipédia”. Os jovens comunicáveis e indecisos (faz parte), já sabem o que não querem e entendem que há rumos favoráveis a sua individualidade e relação com a natureza.
O homem e o mito surgiram quase juntos na terra, é uma necessidade do homo sapiens explicar o que se pode ver, sentir e tocar. A validade do senso comum não bastou, a razão é a verdadeira iluminação. Ela ressurgiu no Renascimento em contra partida á venda aos olhos que a fé exagerada trouxe. Vem á tona grandes produções culturais e científicas, a ciência empírica, que inicialmente não tem tolerância com o cenário da vida, a natureza, mas faz da tecnologia o que ela é hoje.
A juventude hoje é o sucesso do ontem. Sua revolução não tem barricadas ou manifestos publicados. Ela já teve que morreu por ela á favor da liberdade, da democracia. Mortes que também a privaram de terríveis doenças e não cura. A pior das mortes é a non sense, da guerra, essa dá razão à mocidade de ser pacifista. Jovens se sentem na obrigação despercebida de fazer valer à pena.
O questionamento, a dúvida nasceu na ágora, acumulação de cabeças pensantes faz nascer à ideia de hoje que é a ação do amanhã. No século XXI há uma nova ágora, as redes sociais. Difusão de verdades, informações e imagens (para quem só acredita vendo) é o espelho da nova geração que bem equipada (pacifica e mentalmente) na busca de uma identidade livre de pré-noções, á favor da saúde e consequentemente da sustentabilidade. Não querem ser enganados, taxados, querem atender seu individual que não é tão diferente do universal. Os jovens do ontem queriam liberdade, os do hoje felicidade, já os de amanhã não vão precisar ser ambientalistas para novamente pensarem igual.

Texto feito para o 2º vestibular da UNB 2012. Tema: "Jovens de hoje: Aprendizes da palavra e do silêncio".