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10 de julho de 2012

Diário de um jogador


 Sábado, 13 de março de 2010
                JJ,

                Se hoje meu dia foi um fracasso, imagine amanhã, quando a Eugênia chegar da casa da mãe dela (a cascavel ta doente), aí eu to frito, morto e jogada ás traças. Dessa vez fiz a maior burrada de todas. Meu Deus! Como eu sou cabeça dura!
                O Ricardinho me ligou hoje de manhã para irmos ao hipódromo para uma corrida de cavalos; eu não podia deixar de ir, corrida de cavalos é a única lembrança que tenho do meu avô. Ele adorava jogos de aposta, como eu, mas temos uma diferença grande, ele tinha sorte e eu não!
                O viciado aqui foi. Apostamos no cavalo chamado Perdedor, que havia ganhado as últimas corridas. Cavalo com nome estranho não faltava, tinha um que chamava Ganhador e outro Filho da Puta. Lembro-me que meu avô sempre apostava (e ganhava) em um chamado Curinga. É engraçado como certas lembranças de garoto nos marcam.
                 Apostei a grana da entrada do carro que ia comprar; estava sentindo que meu avô estava lá ao meu lado, me dando sorte. Mas tudo não passou de um impulso idiota, com uma justificativa sentimental. O Perdedor perdeu e o Ganhador venceu (ou ganhou). Como não pude perceber o destino, estava nos nomes dos cavalos.
                Já planejei contar para a Eugênia, que emprestei o dinheiro do carro pro Marcão, mas, na verdade, eu que pediria esse dinheiro emprestado para ele. Eu fico mentindo para minha mulher, que estou emprestando dinheiro, mas só estou devendo. Quando é que essa vida canalha vai acabar, hein JJ?
                Comprei você justamente para relembrar minhas perdas e não cometê-las novamente, mas isso não está dando certo.
                Agora vou lá no Bocão, para jogar nosso Poker do sábado, sabe como é, né, tem que esfriar a cabeça.
                                                                                                                              Até breve,

O Maravilhoso Mundo de Adão!

HOMEM-LEGENDA
                                            Lembrando que estamos em ano de eleição!!!


Vendo uma festa da minha janela


                Chego em casa, prometi para mim que hoje dormiria mais cedo, tudo pronto para me deitar antes do jornal acabar. “Agora eu to solteira e ninguém vai me segurar”. Não, funk não. Corro para a minha janela de primeiro andar.
                Lá estava, no salão de festas do prédio, uma festa de adolescentes de 13 anos, com direito a DJ e decoração preta e roxa, adultos só os pais da aniversariante. Coitada de mim, meu soninho só vai vir depois que isso tiver fim.
                Reparo então os convidados, está presente a turma inteira, da mais bonitinha e também precocezinha á mais desajeitada, de meninos há aqueles de óculos que a mãe ainda escolhe a roupa á aquele outro que já faz academia e usa corrente de prata no pescoço. Espinhas também vieram para a festa, escondidas ou não por maquiagem.
                Existe o cantinho dos garotos e das garotas, ninguém ousou ir para a pista ainda, a não ser duas priminhas de cinco, seis anos. No grupo das meninas, vejo todas de saia cintura alta, mostrando pernas virgens e sapato de salto da melissa. Sobre o que elas conversam? Não preciso estar lá para saber, meninos, ora essa.
Uma delas de cabelo liso e cheio não para de levantar o decote, a sua amiga morena já está farta de ficar em cima do salto. Epa, menino se aproximando, e não é dos piores, ele chama a mais bonita para conversar, um segundo depois ela volta, o menino falhou, chamando a única que já tinha namorado.
Vou ao banheiro e quando volto já estão todos na pista ao som de mais funk, pelo visto a mãe da aniversariante reclamou por pagar o Dj e o aluguel das luzes e da fumaça. Reboladas e descidas até o chão, na minha época as coisas eram tão “diretas”? Vejo os garotos se mexendo de um jeito duro e observando-as.
Não sei se gosto de me lembrar muito destas festas, nunca tive muita sorte, a minha roupa nunca foi a mais bonita, os olhares que queria nunca foram para mim. Vejo tudo isso numa menina da festa, queria chegar a ela e aconselhá-la, dizer que se ela ler e estudar muito terá sucesso profissional e poderá comprar o mais bonito e corrigir o mais feio, lugar no qual ainda não cheguei, mas é minha motivação. 

A vez da Aline


5 de julho de 2012

Rato fantasiado de mouse, Mickey Mouse


              Sempre a humanidade, para se caracterizar se compara a animais, surgindo, então, ditos populares, como: “Você é forte como um touro”, ou “É bravo como um leão” e o rato é associado à covardia, solidão e sujeira. Porém os filmes de Walt Disney trazem o rato como um ícone, que é o caso de Mickey (um camundongo corajoso e carismático). Além deste, Timóteo (amigo de Dumbo), e o mais recente Ratatouille, tais exemplos mostram dominação da mente, dos filmes para crianças, atraídas por bichos e sonhos, que tentam consertar a dissimulada máscara. 
Walt Disney, um revolucionário, foi quem criou a Disney, e com isso a fama do ratinho Mickey. E a causa da personagem ser um rato, seria porque ele é judeu, e teve como característica na Segunda Grande Guerra, à assimilação a um rato. Refugiado para a América trouxe consigo suas ideias, criatividade e dinheiro. Contudo era um judeu, e não teria respeito em muitos países da Europa, portanto ele tinha de mudar a imagem dos judeus e também a do rato. 
E ele conseguiu. Hoje muitos jovens e crianças reconhecem os personagens da Disney, do que os próprios elementos de sua cultura. Boitatá, Negrinho do Pastoreio e inúmeros contos de Monteiro Lobato são trocados por novas histórias vindas de fora. Os EUA, principalmente, conseguiram monopolizar a cultura mundial, o que Hitler tentou fazer na Guerra, com o domínio da raça ariana sobre as demais. 
A imagem acima simula um paradoxo, pois o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Os que, inicialmente, criticam a dominação/manipulação, viram um desses.
Você seria contra o predomínio da raça ariana? Se sim, é contra também o monopólio cultural vindo dos EUA. Revoltem-se, nós precisamos de liberdade, não devemos nos prender a produtos de outra nação.

De cara nova, de mesma essência!

          Uma imagem a ser criada nem sempre representa a verdadeira essência. No caso do meu blog, eu realmente sempre procuro mostrar ao máximo quem sou ou quem gostaria de ser. Para desenvolver a nova imagem do Clopistoque, a nova essência do blog, tive a grande ajuda do querido Rafael de Lima, um vestibulando assim como eu, que já desenvolveu grandes técnicas de aperfeiçoamento de design gráfico no famoso, porém raro, aprendizado autodidata.
          O contato do Sr. Paciência de Jó é:
Email: rafiukis_98@hotmail.com Facebook:
http://www.facebook.com/rafaeldelimaadorno

Mudanças:



Imagem de fundo:


          Espero que gostem!