P�ginas

23 de junho de 2012

Depoimento de uma fraca


            Na definição do Dicionário Barbarus, um fraco é aquele indivíduo que não tem força para se levantar e ser alguém, nem força de vontade o bastante para mudar de vez. Uma fraca também é aquela que sente "dor de viado" ao andar mais rápido, planeja várias frases de impacto para quando se abrir, mas de sua boca só sai o inverso do que pensas.
A fraqueza não é um estado definitivo na vida, é preciso ser muito competente para se deixar levar. Hoje sou fraca por que tenho preguiça de fazer café, hoje ser fraca é não fazer nem aquilo que me dá prazer. Até aqueles de vida engolida não são fracos, esses enfrentam o madrugar sem faltar. Sai de mim coisa ruim! Opa! Uma nova definição acabou de sair do forno. Ser fraco é só terminar de ler Best-Sellers.
O fraco vai além do lerdo, o fraco anda devagar com medo de encarar o final da pista. Medo de novamente não ter respostas prontas, medo de investir nas suas idéias já a muito desacreditadas. Por mim faria um guia, dava umas dicas, montava um passo a passo para não ser do jeito descrito. Só que primeiro não tenho tal força, tal vontade de acreditar nos meus conselhos. E segundo, é preciso ser um novo alguém, é preciso uma nova manhã iluminada que ainda não nasceu para mim.

Valores da esperança que já chegou

Aquele que é jovem no início do século XXI ainda não viveu muito, mas o mundo em que nasceu sim. O planeta hoje é cheio de cicatrizes, lembranças e memórias. Está documentado seja em um livro de história, uma pintura renascentista, um papiro egípcio ou mesmo na “Wikipédia”. Os jovens comunicáveis e indecisos (faz parte), já sabem o que não querem e entendem que há rumos favoráveis a sua individualidade e relação com a natureza.
O homem e o mito surgiram quase juntos na terra, é uma necessidade do homo sapiens explicar o que se pode ver, sentir e tocar. A validade do senso comum não bastou, a razão é a verdadeira iluminação. Ela ressurgiu no Renascimento em contra partida á venda aos olhos que a fé exagerada trouxe. Vem á tona grandes produções culturais e científicas, a ciência empírica, que inicialmente não tem tolerância com o cenário da vida, a natureza, mas faz da tecnologia o que ela é hoje.
A juventude hoje é o sucesso do ontem. Sua revolução não tem barricadas ou manifestos publicados. Ela já teve que morreu por ela á favor da liberdade, da democracia. Mortes que também a privaram de terríveis doenças e não cura. A pior das mortes é a non sense, da guerra, essa dá razão à mocidade de ser pacifista. Jovens se sentem na obrigação despercebida de fazer valer à pena.
O questionamento, a dúvida nasceu na ágora, acumulação de cabeças pensantes faz nascer à ideia de hoje que é a ação do amanhã. No século XXI há uma nova ágora, as redes sociais. Difusão de verdades, informações e imagens (para quem só acredita vendo) é o espelho da nova geração que bem equipada (pacifica e mentalmente) na busca de uma identidade livre de pré-noções, á favor da saúde e consequentemente da sustentabilidade. Não querem ser enganados, taxados, querem atender seu individual que não é tão diferente do universal. Os jovens do ontem queriam liberdade, os do hoje felicidade, já os de amanhã não vão precisar ser ambientalistas para novamente pensarem igual.

Texto feito para o 2º vestibular da UNB 2012. Tema: "Jovens de hoje: Aprendizes da palavra e do silêncio".