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1 de junho de 2011

Outra redação.

Sequestradores iniciantes (e terminais)
O menino praticamente sustentava minha banca, comprando muitos jornais, revistas inteligentes(e caras) além de coleções lançadas por editoras. Dorisgleison, meu namorado, que está trabalhando na banca comigo, por que foi despedido da policia, teve um plano para nos tirar daquela vida monótona e com prestações atrasadas. Um seqüestro.

  Passamos o resto da semana para elaborar o plano, que começaria hoje.
Com a carteira cheia, veio o garoto, como todo dia, comprar na minha banca.
- Olá, dona Fátima. Oi, seu Dorisgleison. Chegou a Novas Descobertas?
Esperamos ele entrar no fundo, onde ficam as revistas científicas, agimos rapidamente, o pano com éter sufocou o garoto num desmaio, fechamos a banca mais cedo e levamos o menino para minha casa, metade do plano foi fácil.
O pai do Junior (nome do moleque), é um mega empresário, que mora numa mansão, para qual mandamos o bilhete de seqüestro. Nele dizia que deveria deixar às 10:50 uma mala preta com meio milhão de dólares atrás da banca e pegar o trem das 11:00, se tivesse alguém vigiando, mataríamos seu filho.
Amanhã seria o grande dia, a tensão estava subindo. Com dúvida no futuro, resolvi olhar nas minhas cartas de tarô. Pânico. As cartas diziam claramente que seria traída por alguém próximo de mim, alguém como Dorisgleison.
Como me deixei cair na lábia daquele canalha sem coração, que matou o próprio pai e não deve mais estar trabalhando na polícia, por que ela o persegue agora.
As minhas cartas nunca mentiram para mim, o jeito seria matá-lo, quando trouxesse o dinheiro. Sufoquei minhas mágoas em bombons, foi tiro e queda.
Hoje, o dia de pegar a grana. Seria uma atriz, quando ele chegasse. Estava com uma faca na cinta, vigiando o garoto, que implorava mais comida.
Ele chegou gritando feliz “conseguimos”. Atrás dele, estou eu, que o pego de surpresa. A faca perfurou suas costelas e ele caiu com um olha frenético junto da mala. Fiquei confusa e meio arrependida. Procurei em seus bolsos uma arma e encontro meu bombom predileto. Com fervor o abri e engoli numa mordida só.
O que foi aquilo, comecei a ficar zonza e caí no chão. Não sentia meu corpo e via cores se mexendo aos meus olhos, com num quadro impressionista. Vi o garoto fugindo, pulando por cima de mim e correndo com a mala na mão para fora da casa. O bombom..
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