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31 de março de 2011

Redação: Conto Fantástico

A reação da força equivalente
Para falar a verdade, eu não me arrependo, conto isso por que não quero começar uma relação de mentiras. Foi um suicídio. É complexo, então tente entender por que essa é única vez na vida em que contarei essa historia, eu matei meu melhor amigo. Ele era tudo que tinha e tudo que eu era, mas não gostava de quem tinha me tornado, por isso o suicídio.
Bom, eu não sofro com isso, tanto é que meu plano foi tão perfeito que ninguém suspeitou que tivesse sido eu o assassino, mas foi tão fácil, um simples enforcamento e ele caiu duro no lixão da cidade.
Mas esse fato não me poupou de todos os meus problemas, surgiram outros. Agora temo minha casa. Não entendi como funciona, mas tudo é difícil de fazer agora, pois tudo eu fazia com ele. Se eu acreditasse nessas coisas de espíritos, reencarnações ou sei lá, diria que isso é aquela tal “Karma”.
Começou.Estava dormindo quando ouvi gritos sofridos na rua de casa, levantei rápido e sai para ver o que era, havia um homem morto em frente a minha casa, seu pescoço estava com marcas vermelhas de mãos. Eu não sabia se chamava a polícia, estava com medo que suspeitassem de mim. Coloquei-o no carro e segui até o lixão.
Esconder aquele corpo lá foi um grande "déjà vu". Voltei para casa. No dia seguinte no jornal estava esta noticia “Homem morto no lixão”, com uma foto do homem achado em um lugar diferente do que eu havia o escondido.
Nos dias seguintes, notícias parecidas cobriram as manchetes dos jornais do estado, pois sempre um homem qualquer era encontrado morto em algum lixão, não só o da minha cidade. Perturbação. Decidi me mudar daquela cidade, pois eu estava começando a acreditar em Karmas.
Um dia, chegando do trabalho, e encontrei minha casa recoberta de lixo e livros, mais livros do que outra coisa, os títulos eram “Voltando do além”, “Regressão”,” O dia da caça” ,“Nem tudo é catalepsia” e a coleção de livros “V for Vendetta”.
Meu melhor amigo surge do lixo, com um aspecto morto e selvagem, o pânico me tira os sentidos, ele dá uma gargalhada torta e maquiavélica que me doeu o corpo, suas mãos sujas vêm ao meu pescoço e nada me fez revidar. Sabe qual foi meu ultimo pensamento, ele podia ter catalepsia, senão agora que estou morrendo posso descobrir no lugar para onde vou.

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